Bem-vindos os "flutuantes"! |
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Faço parte, com muito orgulho, da faixa “flutuante” do eleitorado português. Aqueles que em cada acto eleitoral fazem o seu exame de consciência e, desapaixonadamente, votam em branco...
ou em quem, no momento, acham que merece ir para o poder, seja ele autárquico, nacional ou europeu. Faz-me sempre muita confusão e perplexidade ver pessoas com graus académicos superiores, cultas e bem formadas, optarem sempre pelo mesmo partido para qualquer cargo e em qualquer circunstância, não sendo dele filiados mas apenas meros simpatizantes. Este clubismo que tem algo de futebolístico é, quanto a mim, um sinal de menoridade cívica e de pouca ética democrática. Partem do princípio de que “quem não está connosco está contra nós” reinventando, sem quererem, uma máxima bem salazarista. A essas pessoas, incapazes de mudar o seu sentido de voto por imperativos clubistas, eu aconselho vivamente que se filiem nesse partido para assim poderem justificar melhor o seu dogmatismo eleitoral. Aqueles que, como eu, alteram o seu voto são os que verdadeiramente vencem as eleições pois são o fiel da balança democrática; são a alma da democracia pois sem eles não valia a pena votar, nem haver eleições, porque antecipadamente já se sabiam os resultados. Este ano eleitoral é um bom teste à capacidade dos portugueses de pensarem pela sua própria cabeça e eu estou certo que os “flutuantes” vão influenciar drasticamente o desfecho das três eleições que se avizinham. Só este aspecto, aliás, me pode fazer, e faz, acreditar, ainda, nas virtualidades da democracia! José Dias Egipto 6 Mai 2009 ![]() ![]()
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