Portugal volta a liderar, com participação na Feira
Internacional de Moçambique (FACIM), a maior exposição empresarial e
comercial do país, que este ano recebe mais 25 por cento de empresas
nacionais que em 2009, anunciou hoje organização.
A 46ª edição da FACIM, que acontece em Maputo de 30
de Agosto a 5 de Setembro, vai acolher 489 expositores nacionais, mais
123 do que em 2009, além de 14 países, mais seis, e 31 empresas
estrangeiras, mais 11, do que em relação ao ano passado.
Os dados foram avançados pelo presidente do conselho de
administração do Instituto para a Promoção de Exportações de Moçambique
(IPEX), João Macaringue, que disse ainda que Portugal vai participar com
“um número bastante significativo” e poderá “ser até maior do que no
ano passado”.
Em 2009, o país esteve representado por 42 empresas que ocuparam o
maior pavilhão, com 850 metros quadrados, organizado pela Agência para o
Investimento e Comércio Externo de Portugal.
Este ano, Portugal vai continuar a ocupar a maior área da feira,
tendo solicitado à organização cerca de 864 metros quadrados para o
efeito. Porém, até ao momento, João Macaringue não sabe quantas empresas
portuguesas vão participar, visto não dispor de “contas fechadas”.
Para o presidente do IPEX, o aumento das participações no certame
deve-se à “dinâmica do próprio desenvolvimento do país” que, apesar dos
problemas económicos decorrentes da conjuntura internacional, “continua a
ser apetecível como destino de investimento”.
Aliás, realçou João Macaringue, existem mais “20 empresas”
interessadas em expor e que “estão à espera que alguém desista para
ocuparem o espaço”.
Tal como em 2009, os Estados membros da Comunidade de
Desenvolvimento da África Austral continuam a ter uma presença de peso
na FACIM que, nesta edição, e contrariamente ao ano passado, não tem
ainda a confirmação de Angola.
No âmbito dos seminários especializados, que vão decorrer no certame
a par de alguns espetáculos, Portugal irá também trazer empresários
para promover encontros de negócios entre portugueses e moçambicanos.
“Tudo isso conjugado vai fazer com que haja uma maior apetência para
visitar a feira”, que em 2009 recebeu cerca de 55 mil pessoas e que,
este ano, João Macaringue espera que “ultrapasse o valor”.
No ano passado, chegou a ser anunciada a mudança da FACIM para o
distrito de Marracuene, província de Maputo, mas tal não aconteceu por
“questões de organização”, explicou o presidente do IPEX.
O projecto inclui, agora, um pavilhão multiusos, parque de
estacionamento, escritórios e infraestruturas de suporte como
restaurantes, hotéis e centro comercial.
Desta forma, o espaço tornar-se-á “apetecível” e servirá de “âncora
para o desenvolvimento do sector na região”, até porque, acrescentou
João Macaringue, há países que “já disseram que enquanto não houver
condições, não estarão representados na feira”, como é o caso da
Alemanha.
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