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E agora Brasil?

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Numa clara manifestação de desejo de mudança o povo brasileiro votou, na sua grande maioria, em Luiz Inácio Lula da Silva para aquele que será o primeiro Presidente da República de esquerda eleito na história do Brasil. O facto é sintomático e não teria acontecido se os votos representativos do capital das grandes empresas pesasse na contagem final. Mas não, nas eleições mede-se a vontade do povo e o povo neste caso disse que quer mudar, que quer oportunidades iguais, que quer trabalho, que quer melhores condições de vida para todos e nao só para uma minoria. Foi o que prometeu Lula da Silva, que, pela sua condição de origem, sabe bem quais são as aspirações e necessidades da maioria do povo brasileiro. Numa situação global adversa deixamos será que Lula da Silva vai conseguir conciliar os interesses dos poderes económicos com os do povo e levar o Brasil a bom porto?

 

 

  Fernando Cruz Gomes

Há um "São" Luis... Lula da Silva?!

Olá! Viva! Lula da Silva é o próximo Presidente do Brasil. Para já, fez mais uma promessa daquelas "impossíveis" que ele vai tentar "cumprir". E a promessa é a de que vai trabalhar "24 horas por dia" para a necessidade que sente de "reformar o Brasil". E esta promessa não era já feita do populismo.... eleitoral. Já sabia da sua eleição. Já acordara para a realidade que é, à quarta tentativa, ter sido eleito Presidente do maior País da América do Sul. E como acrescenta que é mesmo para valer "de domingo a domingo"... não restam dúvidas de que estamos a entrar numa nova fase da vida no Brasil.

Mesmo antes de tomar posse. Lula vai dizendo, desde já, que não trairá um só momento a confiança que depositaram nele e no Partido que lidera. Falando ao Povo - cerca de 50.000 pessoas - em São Paulo, foi dizendo que "aconteça o que acontecer... vocês (povo) serão a minha referência".

Trata-se de um ex-metalúrgico. Luiz Inácio Lula da Silva, do Partido dos Trabalhadores (PT), derrotou com enorme margem o candidato do actual Governo e social democrata, José Serra. Lula fez cerca de 62% dos votos e Serra pouco mais de 38%. Pelos vistos, tratou-se da maior votação num candidato a Presidente na história brasileira.

Talvez por tudo isso... vamos ainda acreditar que, desta vez, o Brasil vai mudar. É bem capaz de demorar uns anos... mas a face da terra do Brasil - mesmo dos que não têm terra - vai mudar. E vai mudar porque o Povo entendeu que era a altura de mudar. Nunca os brasileiros confiaram a magistratura da Nação a um homem de esquerda, populista de mão cheia, onde o verbe era mais importante... do que a exactidão dos conceitos. E se o Brasil chegou a essa conclusão é porque é cada vez mais importante que, desta vez, se jogue o jogo da verdade.

O populismo - às vezes desbragado - de entidades políticas brasileiras nem sempre foi bom conselheiro. Bem ao contrário, estamos a lembrar-nos - velho que já vamos sendo - de um tal Jânio Quadros, que fez quase o mesmo percurso de Lula da Silva. E ao lembrarmo-nos dele, teremos, por força, de nos recordar das "vassouradas" que foi dando. A torto e a direito, tentou fazer o jogo da "limpeza geral". A vassoura era um dos seus símbolos. E de tal forma manejou a dita que... um dia a própria vassoura o varreu a si próprio...

É que os militares de então não estiveram pelos ajustes. Sairam à rua. Enfiaram as botas cardadas e os capacetes. Puxaram das armas. Entenderam - e os militares, às vezes, entendem o que ninguém mais entende - que era altura de mudar. E mudaram o presidente.

Não sabemos porquê, mas ao ver a forma como Lulla da Sila venceu... à quarta vez... veio-nos à mente o trabalho e os fracassos de Jânio Quadros.

É uma sociedade multifacetada a sociedade do Brasil. Éum povo muito "sui generis" que, pelos vistos, está cansado de sofrer. Se não lhe resolverem os problemas básicos, no dealbar de mais um milénio, é certo e sabido que o amor se transforma em ódio. E quando assim é...

Aqui ao nosso lado, há quem esteja a espiar a sequência das palavras que vou deixando alinhadas. Critica-nos a pouca fé. Condena-nos a falta de esperança. Afiança-nos que o povo vai querer o Lula a governar até ao final do mandato. Pugna pela nossa própria mudança de atitude. E nós, bem a contra gosto... não conseguimos mudar. Antes nos surge uma vontade indómita de ir à igrejinha mais próxima... e pedir aos santos da nossa devoção que intercedam, lá em cima, pelo sucesso da presidência de Lula da Silva. Porque, de facto, chega a parecer que só Deus pode valer ao povo do Brasil... que fez como patrono especial um "São" Luis Inácio Lula da Silva que, ao que parece, não é muito de ir à Igreja.

Não vale a pena tergiversar. Lula da Silva vai querer fazer coisas, trabalhando nas tais 24 horas. O povo do Brasil precisa dele e da sua maneira de fazer política mesmo com uma dose de populismo de quanto baste. Mas os tubarões da Política, sobretudo aqueles que vão metendo a mão no saco das mordomias e dele tiram proventos muitos... são bem capazes de não resistir à tentação de lhe dificultar o caminho. Nem que para isso seja necessário chamar a terreiro uma classe militar... que parece, por agora, estar a dormir.

E agora Brasil? - O povo votou. Com um inaudito desejo de mudança, pediu ao antigo operário metalúrgico para tomar conta dos problemas que os cientistas da política... não conseguiram resolver. Será que Lula consegue? Melhor do que isso: será que o deixarão governar? Nas eleições, pede-se, de facto, o voto do povo. Mas as grandes empresas - algumas com sede bem fora do país - ainda têm o seu peso. Não o tiveram no voto? - Claro que não. Mas vão ficar à espera... para jogar o seu jogo, se Lula não conseguir passar incólume à tentação - que deve ter - de mexer com certos interesses de todos bem conhecidos.

Por nós... vamos pôr a arder a tal vela. E fazer a visita à igrejinha mais próxima. A exemplo, de resto, do que deve acontecer com muitos dos brasileiros que deram o voto a Lula da Silva, mas sabem que, até aqui, quem mandou no Brasil é bem capaz de não ter sido o presidente. Ou foi sempre o Presidente?

Fernando Cruz Gomes

 

  Orlando Castro

A cubanização do Brasil

Luís Inácio Lula da Silva, o operário presidente, foi escolhido pela grande maioria dos brasileiros para dirigir os destinos do gigante sul-americano. A oitava economia mundial passou, pelo soberano voto popular, para as mãos do resistente metalúrgico. Será o novo presidente a solução para os (graves) problemas que assolam o país? Creio que não. Penso, aliás, que será antes um problema para a solução. Espero, é claro, estar enganado.

A grande maioria dos 170 milhões de brasileiros acredita que o novo inquilino do Palácio do Planalto é a luz ao fundo to túnel.
Habituados a viver entre a miséria e a miséria, sessenta e tal por cento deles não viram outra saída. A tolerância zero com a fome deu, assim e à Quarta tentativa, a vitória a este amigo de Fidel Castro, Hugo Chávez e similares.

Mas, não é menos verdade, os poucos que têm milhões é que podem ajudar Lula a dar de comer aos milhões que têm pouco. Estarão eles, os investidores, dispostos a passar um cheque em branco ao novo presidente? Não creio. Vão passar o cheque perfeitamente preenchido e, é claro, exigir as respectivas garantias. Certamente tentarão dar um salpicão se Lula lhes der um porco.

É também possível que, a partir de agora, Lula passe a dizer: «olhai para o que faço e não para o que digo». Ou seja, alimente os seus eleitores com palavras enquanto tenta pôr a economia a funcionar melhor.

Dizer, como o fez Lula («Nós vamos escolher um presidente do Banco Central que tenha um perfil, um compromisso com as coisas em que nós acreditamos»), que vai mudar o presidente do Banco Central do Brasil de modo a que este trabalhe em função do novo Governo, é algo que pode ter rendido milhões de votos. Não deixa, contudo, de ser um disparate do tamanho do mundo ou, pelo menos, do tamanho do Brasil.

Será que Lula acredita que é possível que o Banco Central adopte uma política monetária e cambial à imagem e semelhança do que quer o Partido dos Trabalhadores? Se acredita, aí o problema é ainda muito mais grave. Se não acredita, então mentiu descaradamente aos brasileiros.

Outra pérola de Lula é a tese de que o mercado de capitais terá, tal como o Banco central, de seguir as regras do novo Governo. Palavras para quê?

Como se isso não bastasse, o novo presidente prometeu que iria pôr na ordem o Fundo Monetário Internacional. Não mais, segundo Lula, o FMI vai dizer aos brasileiros o que é que eles podem, ou devem, fazer. Ou seja, a ser verdade tudo isto, a cubanização do Brasil começará logo que Lula se sentar na cadeira do poder.

«Vou pegar todos os segmentos da sociedade, cada um vai ter de abrir mão de uma parcela do seu corporativismo e vamos tentar construir uma política tributária que sirva os interesses dos 173 milhões de brasileiros», afirmou (se calhar já não afirma) o novo presidente. É que se continua dizer disparates destes, não tardará a ter os tais sessenta e tal por cento de eleitores à porta, eventualmente a pedir a sua cabeça.

«Eu não quero ser presidente para segurar nada. Eu sou a única possibilidade de ter uma reforma agrária tranquila e pacífica neste país, sem precisar de nenhuma ocupação de terra, sem precisar de ter nenhuma violência contra quem quer que seja», garantiu Lula. Pois é. Lula não vai segurar nada. Para mal deles... e nosso.

Orlando Castro

 


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Comentários (2)
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1. Escrito por walter branco em 28-02-2010 01:47 - Registado
 
 
Lula
Nossa! Este artigo está pelo menos uns 7 anos defasado! Já estamos aqui no Brasil entrando na disputa eleitoral pela substituição de Lula.  
Acho que o gov.Lula foi um tremendo equivoco em todas as áreas. um homem sem estudo apenas com muito bom senso para nao fazer besteira(mas fez e muita) A economia foi bem no pais graças as politicas anteriores de governo de FHC.
 
2. Escrito por Carmen Miranda em 22-12-2009 00:51 - Registado
 
 
Lula
Acho que cunpriu com o dever. Para continuar, só outro Lula. Espero que entre outro(a) com o mesmo gabarito, mesma simplicidade; como dizia minha avó, "bom senso e dignidade o berço ensina a ter e experiência, se adquire. Diploma, muito importante, porém, não é ferramenta para a responsabilidade." 
 
Parabéns, Lula.
 

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