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Será isto chinês?

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Na China, país que muitos consideram vir a ser a maior potência mundial dentro de uma década, não se deixam as coisas ao acaso. Há quatro décadas que este país forma alunos em língua portuguesa que vão formando um autêntico exército que o governo e as empresas recrutam para trabalhar em todos os países lusófonos. A China sabe, há muito tempo, que o sucesso para uma boa integração (quiçá domínio) nos mercados para onde tenciona expandir-se passa pelo domínio da língua falada nesses mesmos mercados. Diz a gíria popular que burro velho não aprende línguas. Talvez Portugal não esteja assim tão velho que não possa apreender a ideia...

 

 

 Fernando Cruz Gomes

A China ensina... mas Portugal detesta aprender...!

"Dona" China, que já é, de há muito, o país com a maior população, está a preparar-se para ser também a "ponta de lança" quando se trata de escolher o caminho para os lugares cimeiros da potência mundial que pretende ser. E a preparar-se da melhor maneira. Pragmaticamente. Entendendo os chamamentos da terra.

É uma informação que já deveria ter assentado arraiais na mente dos Portugueses, não fosse dar-se o caso de andarmos todos muito distraídos. Uma informação que pode vir a ser conhecida, mais tarde, quando já nada for possível fazer. Diz-nos então o António Ribeiro que na China, e desde há quatro décadas, se estão a formar alunos em Língua Portuguesa. Alunos que vão ser - estão a ser.. - recrutados pelo Governo e pelas empresas para trabalhar nos países lusófonos.

A China, que não dorme em serviço, como soe dizer-se, está a preparar-se para o futuro. Entende que o domínio dos mercados para onde está a caminhar passa, efectivamente, pela Língua falada nesses mesmos mercados.

E se é verdade que "burro velho não aprende... Línguas" pode acontecer que Portugal não esteja assim tão velho que não consiga aprender (e apreender) a ideia. Que é afinal o tal "ovo de Colombo".
Isto é, se desejarmos crescer um pouco mais como povo.

Ainda há dias, em Lisboa, e face à actual presidente do Instituto Camões, anotámos que Portugal ainda não acordou. Aquele Instituto era elitista e elitista vai ficar. Por muito que a tal presidente o desminta - sem factos e sem força - o Instituto vai continuar a trabalhar em prol do Ensino Superior e... dos países africanos de Língua Oficial portuguesa. Aos projectos que têm a ver com os alunos que frequentam as universidades no mundo, sucedem-se umas tímidas iniciativas de avançar pelos meandros do Ensino básico... mas em Cabo Verde e noutros países lusófonos.

As comunidades de portugueses espalhadas pelo mundo estão a perceber, cada vez mais, que a Língua Portuguesa não é para preservar. E julgam entender que, por motivos que nem descortinam nem têm contornos visíveis, o Governo mesmo conhecendo o problema, não parece disposto a dar um passo para alterar a situação. Estamos, de facto, a fazer com que a Língua Portuguesa perca a eventual força que ainda tinha.

Nem que fosse apenas para acorrer aos chamamentos dos países lusófonos... deveríamos ter a coragem de enfrentar os desafios da Língua. Era importante que evitássemos que a Língua se perdesse no emaranhado dos muitos novelos que vamos anotando nos países onde a Língua dominante é o Ingês. Ou o Francês. Ou o Espamjoç.

Somos Bandeiras? Óptimo. Mas... durante pouco tempo. Em mais uma ou duas gerações, já não haverá vestígios visíveis da Língua Portuguesa que, hoje, ainda estamos a tempo de salvar em países como Canadá, os Estados Unidos, a Venezuela ou a África do Sul.

A China lá está a ensinar-nos. Mas nós... não vamos por aí!

Fernando Cruz Gomes

   Orlando Castro

... E eu a vê-los passar

O primeiro-ministro português foi um dia destes pedir (nem mais, nem menos, pedir) ao Governo francês a inclusão do português no ensino oficial francês, para que os emigrantes não fiquem, segundo Durão Barroso, «num ghetto linguístico».

«Vou pedir a colaboração e o empenhamento para que o português faça parte do sistema oficial de ensino francês», disse Durão Barroso, referindo-se aos encontros com o presidente francês, Jacques Chirac, e o primeiro-ministro Jean-Pierre Raffarin.

«É importante que os nossos compatriotas não fiquem num ghetto linguístico, que o português seja uma língua estudada como uma grande língua», justificou o primeiro-ministro. Não duvido que Durão Barroso tenha pedido até porque, reconheçamos, pedir é para os portugueses uma coisa tão natural como respirar.

Em declarações à Rádio Alfa de Paris (de acordo com uma informação veiculada pelo Notícias Lusófonas), o primeiro-ministro português disse: «Por amor de Deus, façam um esforço para se unir porque é do vosso interesse, ou em termos de federação ou em termos de confederação».

É claro que, afinal, a diferença entre este e os outros governos que Portugal já teve, sobretudo os mais recentes, é nula. O Governo apela aos portugueses, os portugueses apelam ao Governo e, enquanto isso, outros países vão somando pontos à nossa custa.
Mas, o mais grave até nem é essa forma menor de fazer política. O mais grave é, quanto a mim, o facto de muitos portugueses por essa Lusofonia fora apresentarem projectos, mostrarem como se deve fazer e, como resultado, verem tudo na mesma.

Em matéria de língua (e com ela virá - viria - tudo o resto, se para tal Portugal tivesse engenho e arte), o Governo português continua alegremente a caminhar no tapete da globalização, não reparando que esse tapete anda para trás. Assim, Lisboa continua convencida que está a fazer grandes progressos mas, bem vistas as coisas, continua no mesmo sítio.

Bem vistas as coisas, Portugal continua a valorizar (para além das cunhas) os que dizem que fazem mas não fazem o que dizem, os que falam de obras primas do mestre mas que, afinal, só apresentam as primas do mestre de obras. Ou seja, continua a pôr o primado da subserviência acima do da competência. E, é claro, assim não vamos lá.

A equipa de Durão Barroso valoriza os que não erram. Ponto final. Não cuida, contudo, de ver porque é que está rodeada por tanta gente que não erra; não cuida de ver porque razão apoia organismos, projectos etc. que são paradigmas de certezas e verdades absolutas.

E todos esses craques que rodeiam e bajulam o primeiro-ministro não erram porque, diga-se, sabem bem que a melhor forma para não errar é... nada fazer.

Durão Barroso ainda não reparou que a carta a Garcia (admitamos que foi escrita em português) continua nos corredores do seu Governo quando, convenhamos, já deveria estar bem longe, em Angola, em Moçambique, na Guiné-Bissau, em Timor-Leste, em São Tomé e Príncipe, em Cabo Verde e no Brasil (pelo menos).

É claro que se perguntar aos seus ministros, secretários de Estado, assessores, assessores dos assessores etc. todos lhe dirão que a carta já está a caminho. Mas, parafraseando o próprio primeiro-ministro, sempre direi: Por amor de Deus, dr. Durão Barroso, olhe pela janela e verá a carta na valeta mais próxima.

De facto, poderíamos aprender (mais) alguma coisa com a China, essa potência que cada vez mais mostra que vale a pena apostar em quem faz, mesmo que vá errando.

Há quatro décadas que este país forma alunos em língua portuguesa que vão dando força a autêntico exército que o governo e as empresas recrutam para trabalhar em todos os países lusófonos.

A China sabe, há muito tempo, que o sucesso para uma boa integração (quiçá domínio) nos mercados para onde tenciona expandir-se passa pelo domínio da língua falada nesses mesmos mercados.

Diz a gíria popular que burro velho não aprende línguas. Talvez Portugal não esteja assim tão velho que não possa apreender a ideia. Talvez, se bem que me pareça que o nosso Governo está cheio de novos velhos do Restelo.

... e eu a vê-los passar.

Orlando Castro

 


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