EDUCAR PARA A AUTONOMIA (PARTE II) |
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Educar é responsabilidade de todos, é o que nos garante as hodiernas legislações referentes à educação (Lei n.º 9394/1996), à juventude e a adolescência (Lei n.º 8069/1990), pautadas na Constituição Federal Brasileira de 1988, nas apreciações da UNESCO (Organização das Nações Unidas para a educação, ciência e à cultura) e nos princípios universais defendidos pelo Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). Daí a necessidade de fundamentar tal processo de ensino e de aprendizagem num modelo pedagógico que conduza o educando à autonomia. Já sublinhamos que na nova concepção de escola, a inclusão, o diálogo aberto e irrestrito, a defesa da liberdade, a exaltação da solidariedade humana, são valores que pressupõem uma convivência pacífica e harmoniosa entre as pessoas, sobretudo àquelas envolvidas no processo de formação. Assim, os problemas internos, resultantes desta interação educacional, tornam-se problemas de todos, cuja solução somente é possível, de um lado, mediante o bom senso, e do outro, preservando as liberdades individuais e os direitos coletivos. Nesta nova concepção, a didática e a metodologia empregadas são mais dinâmicas. O educador é o mediador entre o mundo clássico do saber e a realidade imediata do educando, e não mais mero transmissor de conteúdo; desta forma, admite-se, de antemão, o conflito de ideias resultante das múltiplas cosmovisões e olhares, pois a intersubjetividade é o alicerce desta nova escola. Há algum tempo atrás, as famílias imaginavam que criavam filhos e filhas para si mesmas, sob o intuito de continuar a prole e preservar a descendência familiar. Hoje, os filhos são educados para a sociedade, para o mundo, e merecem tanto respeito quanto incentivo, porquanto eles e elas são a certeza de que a transformação da realidade continuará. Na medida em que o ensino e a aprendizagem não proporem uma intervenção nesta realidade, os conteúdos programáticos se tornarão desvinculados do mundo real. À medida que há uma compatibilidade entre conteúdos e realidade, a educação torna-se mais envolvente, o saber mais prazeroso e a educação, potencialmente autônoma. BENEDITO LUCIANO ANTUNES DE FRANÇA (PROF. BENÊ FRANÇA) – 35 anos Mestre em Filosofia. Professor de Jornadas Temáticas I na Faculdade de Tecnologia de Americana (FATEC Americana), em Americana/SP, de Criatividade e Inovação na Faculdade de Tecnologia da Bragança Paulista (FATEC Bragança Paulista), em Bragança Paulista/SP, e de Filosofia na EE João Franceschini, em Sumaré/SP, Brasil. ![]() ![]()
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