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Para Aquém de Abril Entardeceram nos umbrais da aurora as memórias do teu rosto Abril... Nunca mais soprou o vento depois de Novembro a vida petrificou-se na inconstância do rio... não mais navegam o teu sorriso de florestas virgens Hoje passeio atónito na neblina das montanhas fluir no tempo na inércia da aventura sonhar parado no caminho em movimento vir à estrada e saber oscilar no horizonte ser a terra o mar o sol e a boca cantar poema aberto esperança viva olhar o homem disperso e cantá-lo com a herança do ventre reinvento-me e não passo da superfície deste mar austero nos flancos do dia arde o inatingível torno a inventar (o desfraldar das areias vai-se consumindo até que o sol nasça) Francisco Duarte Afluentes de Liberdade Edições Milho Rei |